JUNHO, 2021 – Mesmo com as restrições voltadas para o convívio social devido à pandemia da COVID-19, o Centro de Convivência Inclusivo e Intergeracional – CCII continuou em atendimento aos seus usuários. Seguindo os protocolos de segurança, a Casa dos Sonhos tem recebido seus frequentadores de maneira individual. Além disso, encontros online e “lições de casa” também constam no plano de adaptação do CCII.
“No início da pandemia, quando tudo explodiu, foi um desafio para a equipe. O centro de convivência é um espaço para que a gente possa trabalhar em grupo, então começar a atender individualmente e ter que parar com os atendimentos grupais foi um baque que a equipe levou”
conta Marina Heyden, assistente social do CECO.
De acordo com Heyden, o formato de adaptação foi desenvolvido para atingir àqueles que precisam sair um pouco de casa. Para isso, a equipe da instituição realiza buscas ativas: “a gente liga pro pessoal para saber como eles estão, então a gente acaba abrindo espaço para eles estarem aqui, para passarem um pouco o tempo, realizarem alguma atividade, ou entrar em contato com um psicólogo ou terapeuta ocupacional”.
Para a continuidade das atividades, parte da adaptação se deu através dos meios digitais. Ainda segundo a assistente social da entidade, algumas oficinas foram gravadas por profissionais e lançadas nas redes sociais; as lives também não ficaram de fora, e servem para que todos possam participar e interagir entre si. E para o prosseguimento da produção dos usuários, a Casa dos Sonhos também entrega materiais para que eles possam produzir em casa.
Além dessas, demais medidas foram tomadas para que mais pessoas continuassem em dia com sua produção e tratamento, afirma Marina:
“a gente está fazendo visitas domiciliares para as pessoas que mais necessitam… Temos grupos de WhatsApp e ao longo da pandemia fizemos rodas de conversa online”.
Sobre a aceitação por parte dos usuários em relação às novas medidas de atendimento, a assistente social afirma que tem sido bem dividida: “tem quem nunca mais veio ao centro de convivência por muito medo da pandemia, e outros que se a gente não der uma barrada, vem todo dia. Vai muito de pessoa para pessoa”. Para ela, a adesão ao Facebook como uma ferramenta para ampliar a comunicação entre a Casa dos Sonhos e os usuários tem sido positiva:
“Eles têm conseguido pelo menos ter um tipo de contato com a gente, tanto quem não pode vir, quanto quem vem demais e a gente precisa segurar”.
Para garantir a segurança de todos, a instituição tem seguido todas as normas sanitárias estabelecidas pela área da saúde: “é obrigatório o uso de máscara aqui dentro, temos álcool em gel em todas as mesas” afirmou Marina.
O CCII – Casa dos Sonhos também tem participado ativamente do movimento Mobiliza Campinas, ação promovida pela Fundação FEAC que distribui cartões ticket alimentação* para indivíduos e famílias em situação de insegurança alimentar. No mês passado, 20 cartões no valor de R$120,00 foram entregues para os usuários mais vulneráveis da casa. “A gente tem estado muito atento às demandas de alimentação. Nós também somos ligados a um grupo de voluntários daqui de Sousas, chamado Unidos Sousas, que nos forneceu uma grande quantidade de cestas básicas ao longo da pandemia. A gente está sempre pesquisando e entrando em contato com quem mais está precisando”, encerrou a assistente social.
Os tickets alimentação são preenchidos através de doações Para Contribuir, acesse o site da Fundação FEAC e saiba mais!
Matéria redigida por Larissa Biondi – Voluntária e estudante de jornalismo da PUC Campinas